Antônio José Docusse Filho fundou o próprio instituto educacional visando superar o desafio de qualificar novos profissionais
entrevista na integra do diretor do Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual para a revista O OSTEOPATA.
Fisioterapeuta pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Presidente Prudente (SP), Antônio José Docusse Filho é um dos primeiros osteopatas brasileiros formado pela Escola de Osteopatia de Madrid, no ano 2000. Naquela época, ingressou na carreira docente e, com a experiência adquirida, fundou o IDOT (Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual). Há mais de 10 anos à frente do instituto, Docusse concilia as funções de professor, diretor geral e também coordena o plano pedagógico do IDOT, traçando os rumos que a instituição deve seguir.
Revista O Osteopata – Como foram seus primeiros contatos com a osteopatia?
Dr. Docusse – Quando tive os primeiros contatos com a osteopatia, entre o início de 1996 e 2000, já havia o conceito de que se tratava de uma terapia que fazia muita diferença, pois representava uma possibilidade para que eu pudesse ser diferente dos outros profissionais (fisioterapeutas). Desde então, ficou clara a diferença qualitativa em todos os níveis, financeiro, performance clínica, autoestima, etc. e isso continua evidente até os dias de hoje. Logo que tive contato com a osteopatia acreditava que a formação me daria uma independência dos médicos e isso se comprovou.
Revista O Osteopata – Comparando as bases filosóficas da osteopatia com a realidade atual, o que acredita que mudou ao longo desses anos?
Dr. Docusse – A filosofia permanece a mesma ao longo do tempo. O que Andrew Taylor Still, reconhecido como pai de osteopatia, preconizou no século 19 permanece atual. Hoje em dia, o que mudou foram as aquisições e domínios de novas técnicas.
Revista O Osteopata – Como diretor do IDOT, qual seria o grande desafio da osteopatia?
Dr. Docusse – Acredito que o primeiro desafio seja consolidar a profissão de osteopata. No entanto, o grande desafio consiste em manter a osteopatia pura, sem seguir tendências de outras filosofias. É tanto saber lidar com as novidades quanto se manter tradicional.
Revista O Osteopata – Já para o instituto, o que considera como maior desafio?
Dr. Docusse – Para o instituto, vejo como maior desafio manter um nível de formação alto, qualificando continuamente nossos professores e alunos. O futuro dessa profissão depende da escola formadora. O IDOT tem consciência dessa missão e busca promover a qualificação profissional.
Revista O Osteopata – O que acha da profissão no cenário brasileiro?
Dr. Docusse – A profissão depende da atuação de cada profissional e percebo que nosso nível vem melhorando com o passar do tempo, mas ainda podemos e devemos melhorar. Por isso, minha luta é para que alunos e professores do IDOT entendam que devem ter muita disciplina, cuidado com as técnicas, conhecimentos sobre anatomia e fisiologia, esse é um diferencial importante para que o profissional consiga aliar teoria e prática com sucesso. Com certeza, a osteopatia necessita de tudo isso para se consolidar como uma ferramenta bela e eficaz. Infelizmente, há profissionais que não entendem isso e praticam a osteopatia aquém do desejado, o que é ruim para a credibilidade da profissão.
Revista O Osteopata – O que representa a osteopatia para sua vida?
Dr. Docusse – Tudo! Com ela alcancei minha realização profissional e financeira, o que também é importante. O conhecimento proporcionado pela osteopatia me transformou na pessoa que sou hoje. As mudanças foram enormes, porém sempre acrescentando valores que eu considero ser o meu maior investimento atualmente.
Revista O Osteopata – O que você diria para um aluno que está começando?
Dr. Docusse – Primeiramente: parabéns pela escolha! Pela minha própria história, acredito que coisas magníficas tendem a acontecer com você em um futuro breve. Após muito aprendizado sobre a osteopatia, você não será mais o mesmo.
Revista O Osteopata – O que você diria para um osteopata já formado?
Dr. Docusse – Com certeza diria o que sempre falo para os professores do instituto: você precisa melhorar. Em toda profissão, a evolução deve ser contínua. O incrível na osteopatia é que sempre temos coisas muito bacanas para aprender e realizar.