A principal função da cervical alta é a realização do movimento de rotação, portanto dor ao rodar a cabeça ou apenas a dificuldade de realizar esse movimento são indicativos de disfunções nessa transição do crânio para a ráqui.
O conjunto occipital, atlas e áxis forma a coluna cervical superior e possui características anatômicas e fisiológicas distintas e únicas do restante da coluna cervical. Além de uma mecânica própria, também forma uma área de transição importante entre a ráqui e o crânio, de modo que a sua motricidade e o seu controle neuronal estão muito relacionados com várias funções cranianas, dando a essa região uma importância clínica bastante relevante.
As disfunções osteopáticas nessa região repercutem de forma significativa em alterações fisiológicas importantes, como distúrbios de visão, equilíbrio, deglutição, etc. Essa região possui ainda um papel importante no controle da vascularização do crânio, pois é entre os músculos suboccipitais e a membrana atlanto-occipital, localizados posteriormente, que temos a passagem das artérias vertebrais.
Portanto, um espasmo dessa musculatura ou um encurtamento dessa membrana podem causar limitação de movimento, bloqueando as vértebras, causando déficit vascular para os tecidos intracranianos, assim como cefaleias cervicogênicas. O osteopata é o terapeuta indicado para diagnosticar essas disfunções e prosseguir com a melhor terapêutica.
Escrito por: Prof. Bruno Martins