Artigo de opinião – por Danilo Augusto Ninello
Por volta do século XVII, o matemático e filósofo francês René Descartes, propôs a filosofia do dualismo que dividia o mundo em uma esfera material, domínio da ciência, e outra subjetiva, domínio da religião. Nessa visão, os objetos são independentes e separados da mente (consciência).
Newton no século XVII discorreu sobre o determinismo causal, a ideia de que todo movimento pode ser exatamente previsto.
Tudo isso levou à segmentação da Ciência dentro de uma visão de que tudo é previsível, mensurável e fragmentado. Tudo que se relacionasse com a mente era considerado subjetivo, religioso e não poderia ser discutido sob pena de heresia ou censura.
Não se expressar sobre aspectos que a Ciência tradicional considera como subjetivo, porque não se encaixa em uma significância de 0,05{8ec6837f4d4c723f3ffbc53e0f9280463c3f97d684af52f5a27bd55996592354}, faz surgir dentro da Medicina áreas específicas que passam a tratar o paciente de forma segmentada, sem observar a interação dos diversos sistemas do corpo e, principalmente, sem atentar para a interação do homem com o meio em que ele vive.
A partir daí, só se considera como real e de valor o que é dito “comprovado cientificamente” pelos “grandes” cientistas deterministas materialistas. Tudo isso atende às necessidades dos grandes laboratórios que desenvolvem produtos com a intenção primária de obterem lucro para, em segundo plano, obterem a cura do paciente. Esse sistema “cega” a população que, carente e com medo do mundo, aceita toda e qualquer tipo de informação dos “Deuses” da Medicina.
É preciso mudar a forma de pensar, é preciso quebrar paradigmas.
Bruce Lipton, biólogo americano, diz que a membrana de uma célula reage de forma inerente, aproximando de nutrientes ou se afastando de toxinas. Essa “inteligência” celular é capaz de modificar a sua estrutura (núcleo) e gerar respostas mais eficientes e rápidas frente às adversidades do meio. Lipton através de experiências simples percebeu que as células possuem uma inteligência natural que as levam à sobrevivência sempre que ameaçada, adaptando seu meio interno para estar cada vez mais preparada para o próximo estímulo.
Todos seres vivos são compostos de células que se agrupam e desenvolvem funções específicas. As células em conjunto formam tecidos, que formam órgãos, que formam sistemas e que formam o corpo.
Partindo do pressuposto que para sobreviver o corpo sempre reage frente ao ambiente, esse exerce grande importância dentro da saúde e da doença, sendo capaz de modificar toda a estrutura celular e, por conseguinte, de todo o corpo.
Dr. Hamer, médico alemão criador na Nova Medicina Germânica, reconhece que o ambiente é capaz de modificar nossas células e que a forma como sentimos os acontecimentos do ambiente (percepção) gera alteração celular.
Portanto, a forma como sentimos e encaramos os acontecimentos ambientais (medo, carência, impotência, separações, desvalorizações e outras) atinge tecidos específicos de nosso corpo (endodérmico, mesodérmico, ectodérmico) de acordo com sua função e seu sentido biológico – a função do tecido/órgão que garante a sobrevivência.
A interação entre corpo, percepção e ambiente deve ser considerada como a tríade que leva, dentro da Biologia, a produzirmos ou não uma doença.
Sendo assim, é impossível separarmos o corpo da mente. Os sistemas precisam estar cada vez mais integrados. A Fisiologia deve ser analisada em conjunto com as percepções e com o meio ambiente. Devemos ter uma visão holística. Porém, ver o todo não significa ignorar as partes. Todas as partes do corpo e seu funcionamento devem ser vistas em conjunto. Entendendo as partes e sua interação em conjunto, devemos saber como tudo isso responde aos eventos da natureza.
Vejamos o exemplo de um paciente com gastrite:
Em um nível fisiológico/bioquímico/mecânico local: consideramos um aumento da acidez, ulcerações.
Em um nível fisiológico/bioquímico/mecânico à distância: podemos encontrar bloqueios entre tecidos vizinhos (sistema arteriovenoso – angiótomos; sistema nervoso – esclerótomos e dermátomos; sistema muscular – miótomos; vísceras – viscerótomos; e fascial). Por exemplo: disfunções na artéria gástrica e frênica inferior esquerda, veia gástrica esquerda e veias esofágicas que entram na veia ázigo, inervação simpática de T5 à L2 e parassimpática do nervo vago, relações mecânicas com tecidos adjacentes como mostra a figura abaixo, entre outras.
Em um nível biológico/perceptivo: para a porção mucosa do estômago – endodérmico – buscaremos um conflito de não poder digerir uma informação no contexto vital, em que algo ficou “preso” no estômago e ainda rumino esse conflito; para a curvatura menor e piloro (epitélio pavimentoso estratificado) – ectodérmico – buscaremos um conflito de contrariedade territorial (relacional) indigesta em relação ao seu território ou ao seu conteúdo. Trata-se de um conflito de fronteiras com o chefe do território vizinho e/ou também um conflito em relação ao conteúdo do território. Está relacionado a não poder aceitar, tornar seu.
Como ferramenta de atuação no fisiológico/bioquímico/mecânico local e à distância fazemos uso da Osteopatia clássica.
Como ferramenta de atuação no nível biológico/perceptivo fazemos uso da Física quântica.
Dentro da visão da Física quântica, o físico indiano Amit Goswami nos diz que tudo é vibração, tudo é informação. Se eu sou capaz de gerar um pensamento, esse é capaz de se materializar. Com a mudança da consciência eu sou capaz de criar campos vibracionais que vão interferir nos átomos, moléculas, até repercutirem em nossos tecidos de forma positiva ou negativa de acordo com o que pensamos.
Quando penso gero possibilidades e as possibilidades geram a matéria. Por meio da consciência sou capaz de gerar mudanças comportamentais que me levam a um caminho positivo de materialização.
Para modificarmos a maneira de encararmos nossos conflitos não precisamos modificar o ambiente, podemos alterar a percepção frente ao ambiente. Com isso mudamos nossas respostas cerebrais e consequentemente corporais (Josie Kromer & Emanuel Corbel).
Se tudo é informação eu posso tudo. Não há limites dentro das possibilidades. Mudando nossas frequências vibracionais podemos modificar a nós mesmos. Depois ajudamos pessoas que estão próximas (família, pacientes, amigos) para então podermos ajudar todo o mundo.
A intenção leva à indução, que leva à cura. Nosso cérebro, após ser intencionado, cria caminhos imensuráveis para materializar o que foi previsto. Querer ajudar e viver com essa atividade cerebral ativa faz com que sejamos melhores no mundo, melhores para nós mesmos e para os outros.